E ai pessoal, tudo bom? Desculpem a demora para postar, mas
o Moose estava com depressão pós viagem, e não queria aceitar que estava de
volta no forno que está Curitiba D:
Mas é hora de contar um pouco das nossas aventuras por
Miami!!
Saímos do cruzeiro no dia 09 e seguimos para nosso hotel em
Miami, onde ficaríamos até o dia 12. Quando chegamos no hotel fomos atendidos
pelo recepcionista Jameson, o Latrel das Branquelas numa versão XXL. O Jameson
era ótimo, super engraçado! Eu e a Ana ficamos um tempão batendo papo com ele
:D
Nossa estadia em Miami foi, em grande parte, para alimentar
meu vício consumista e o vício de mão de vaca da Ana! Eu queria comprar tudo
que via pela frente, e a criatura sempre olhando as etiquetas e vendo se estava
caro :( E o pior, a maioria das coisas não valem a pena. Como o dólar está
alto, o preço da roupa acabava ficando similar ao preço no Brasil, isso que
teríamos que dispensar um tempo imenso para conseguir achar algo legal nas
lojas enormes! Mas acabamos achando algumas coisinhas legais, a mãe realizou o
sonho dela de comprar o personagem preferido dela, o Pateta!
Como não vivemos só de shopping, tiramos um dia de Miami
para conhecer alguns pontos turísticos. Acordamos cedo no dia 11 e seguimos
para Miami Beach. O lugar é lindo, bem organizado e com uma praia azul
maravilhosa! Como estava frio, acabamos só olhando a praia.
Conhecemos a casa de Gianni Versace, um estilista famosão
que foi assassinado por um gigolô com dois tiros na nuca na entrada de sua casa
em Miami Beach, o calçadão de Miami, cheio de restaurantes e lojas (à essa
altura eu já não aguentava mais ver lojas na minha frente!!) e, como Miami
MOOORRE de inveja de Curitiba, eles copiaram nosso astro mais famoso e mais
querido, com vocês... O OILMAN DE MIAMI!
A casa de Versace |
Olha lá quem vem virando a esquina, é o Oilman com toda alegria, fingindo estar pedalaando |
Ruazinha cheia de restaurantes típicos de várias regiões do mundo |
Española Way e seus deliciosos restaurantes |
Estúdio de tatuagem do programa Miami Ink, a mãe, que AMA tatuagem estava louca para tatuar o braço inteiro! |
Mas agora vem a parte que eu mais gostei da viagem inteira!
De tudo tudo!
Saindo das praias e lojas de Miami, fomos conhecer o
Memorial do Holocausto, um museu a céu aberto criado em homenagem às vítimas do
massacre nazista. O memorial é emocionante, literalmente! É uma praça com
várias esculturas representando o sofrimento dos judeus, com várias placas
informando nomes de judeus que morreram, informações sobre o que acontecia nos
campos de concentração, fotos do período, frases que representavam a agonia das
vítimas. Nenhuma das esculturas apresentam um rosto que não seja de tristeza e
dor.
Quando estávamos prestes a sair do memorial, entramos em uma
sala para pedir umas informações e nos deparamos com um senhor de uns 90 anos
conversando com um casal, contando algumas coisas para eles. Quando chegamos
mais perto descobrimos que ele estava contando ao casal um pouco sobre a vida
dele.
O senhor se chamava Sol Shalom, um judeu nascido em Pruzany,
na Polônia, em 1925, que sobreviveu aos campos de concentração. Com um inglês
extremamente difícil de entender, Shalom nos contou que ele e sua família
sobreviveram 16 meses no gueto, locais onde os nazistas concentravam a
população judaica, isolando-os da comunidade, e os forçando a viver sob
condições miseráveis. Em seguida, eles foram transferidos aos campos de
concentração: Birkenau, Auschwitz, Babitz, Mauthauesen e Dachau. Em 1945,
Shalom e seu irmão, os únicos sobreviventes da família, foram liberados pelas
tropas americanas, após 12 dias sem ter o que comer.
Acerca da vida nos campos, Shalom pediu que não fizéssemos
perguntas, pois, segundo ele, não importa o que ele dissesse, o quanto ele
tentasse explicar como era a vida lá, nós nunca entenderíamos o que ele viu, o
que passou e quão grande era a crueldade que existia nesses lugares.
Apesar de ter sofrido muito, ter perdido os pais, irmãos,
amigos e outros familiares, Shalom pede que não fiquemos triste por ele, ficou
repetindo “Life is beautiful!” (A vida é bela!), e nos disse que hoje ele era
uma pessoa muito positiva, agradecendo todos os dias pela sua vida e um senhor
muito sorridente e divertido! Foi uma experiência única conhecê-lo! Além das
cicatrizes, Shalom traz no braço o número 98119 tatuado, o número que o
identificava nos campos de concentração.
Acredito que conhecer esse senhor tão positivo, tão alegre,
fechou com chave de ouro nossa viagem pelos Estados Unidos. Vale aqui nosso
muito obrigada a minha linda mami, que passou o ano de 2014 inteiro planejando,
pesquisando e trabalhando para conseguirmos fazer essa viagem super especial,
que aproveitamos muitos, nos divertimos e conhecemos pessoas surpreendentes!
Obrigada mãe! Te amamos muito!
Espero que vocês tenham gostado do blog, o Moose mandou um
beijo grande aos leitores, e um ótimo 2015 para todos!